Luiza Lusvarghi

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Premiado internacionalmente, “Medusa”, de Anita Rocha da Silveira, chega aos cinemas

Destaque na Quinzena dos Realizadores de Cannes, e no Festival Internacional de Cinema de
Toronto, Medusa, premiado filme de Anita Rocha da Silveira, chega aos cinemas no dia 16
de março. Desde a sua primeira exibição, a obra coleciona premiações, sendo reconhecida em
festivais como Sitges Film Festival (Melhor Direção), Tromsø Int. Film Festival (Melhor
Filme), IndieLisboa (Prêmio Especial do Júri), Raindance Film Festival (Melhor Filme
Internacional), Palm Springs Int. Film Festival (Menção Honrosa).

No longa, o espectador é apresentado a Mariana, uma jovem que pertence a um mundo onde
deve manter a aparência de ser uma mulher perfeita. Para não cair em tentação, ela e suas
amigas se esforçam ao máximo para controlar tudo e todas à sua volta. Ao cair da noite, elas
formam uma gangue e, escondidas atrás de máscaras, caçam e punem mulheres que
consideram impuras.

Com desenvolvimento iniciado em 2015, Medusa é uma homenagem aos filmes de horror dos
anos 70 e 80. Entre referências de Suspiria até Carrie, a obra brinca com os sentimentos de
medo e com a leveza de meninas mulheres que estão começando a se encontrarem e
descobrirem quem são.

Em uma dança que mescla elementos do horror e humor, obscuridades e neons, músicas e
gritos de socorro, Medusa leva o espectador a se aprofundar em um Brasil que conhecemos
bem, mas escolhemos ignorar. Trazendo à tona o machismo estrutural e a rivalidade
feminina, o longa apresenta uma realidade alternativa (mas não tão distante), no qual um
grupo de meninas religiosas e fundamentalistas buscam a perfeição a todo custo. Seja através
das suas roupas e cânticos na igreja, ou mesmo, pelas suas perseguições noturnas a mulheres
que consideram pecadoras.

Com produção da Bananeira Filmes, de Vania Catani, e da MyMama Entertainment, de Mayra Faour Auad, Medusa é uma distribuição da Vitrine Filmes, por meio do projeto Sessão
Vitrine, contemplado pelo PROAC 34/2022, programa de fomento do Governo do Estado de
São Paulo e Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.

Por Ana Catarine Mendes

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